Olá,
A exposição virtual “Xique-Xique: Imagens que Contam Histórias” tem como objetivo apresentar, de forma sistematizada, fontes históricas iconográficas desse município. Resultado de um projeto de iniciação cientifica desenvolvido no ensino médio integrado do IF Baiano Campus Xique-Xique (PIBIC-EM – IF Baiano/CNPq), as imagens catalogadas e analisadas podem funcionar, entre outros fins, como suporte ao ensino de história e de outras disciplinas do ensino básico, sobretudo de escolas pertencentes ao município estudado. Em uma cidade que carece de museus, nosso projeto apresenta-se como uma contribuição educativa e científica. Nesse sentindo, não obstante os limites de um trabalho realizado no ensino médio, acreditamos que o presente material histórico tem forte potencial de contribuir com a reflexão sobre a importância da preservação da memória e do patrimônio cultural e com o ensino da história local.
As imagens acima apresentam a praça Dom Máximo, uma das primeiras praças da cidade. A primeira imagem retrata a igreja matriz e o prédio da antiga prefeitura da cidade durante a enchente no final da década de quarenta. A praça foi uma das áreas impactadas pela enchente, assim como as ruas ao redor. Podemos notar a dimensão do avanço da água na cidade, com destaque para alguns barcos ancorados nas escadarias da igreja e em algumas árvores ao redor, uma vez que essas áreas não foram totalmente cobertas. Muitos donos de barcos fizeram essa prática para não perderem seus veículos.
A segunda imagem mostra o outro lado da praça e nela é possível perceber alguns barcos atracados e algumas pessoas tomando banho em uma rua inundada. Ao fundo, alguns estabelecimentos comerciais e residências com a água alcançando suas portas. Algo curioso sobre essa segunda imagem são os postes, pois a partir deles também é verificada a altura da água.
A imagem acima retrata a Rua Marechal Deodoro, uma das principais ruas que ligam o Rio São Francisco ao centro da cidade. Nela, percebemos construções que encontram-se em estado de conservação até os dias atuais, mas o que mais chama atenção na imagem é a água, afinal, nesse mesmo ano, a cidade passou por um período de enchente e a rua Marechal Deodoro foi uma das mais impactadas, já que fica paralela ao rio. Ao observar as casas e as marcas nas paredes, é possível notar o nível alcançado pela água.
Quem foi Marechal Deodoro da Fonseca?
Manuel Deodoro da Fonseca ou Marechal Deodoro da Fonseca, como é popularmente conhecido, foi um militar e político brasileiro. Principal responsável pelo golpe militar que derrubou a monarquia e deu início a república brasileira, Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil e permaneceu no poder até 23 de novembro de 1891. Além de participar de diversos conflitos como a Revolução Praieira, a guerra do Uruguai e a guerra do Paraguai, na sua carreira política, foi eleito vice-presidente da província de São Pedro do Rio Grande do Sul e presidente do Rio Grande.
Site Consultado: DEODORO DA FONSECA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Deodoro_da_Fonseca. Acesso em: 17 de ago. de 2024
Na imagem acima, percebe-se um agricultor mostrando ao fotógrafo a sua produção de abacaxi e, ao mesmo tempo, evidenciando como a agricultura era presente na cidade. Em relação à vestimenta da pessoa retratada, tem-se o estilo de roupa masculina do período pós-guerra que consiste em boina, camisa de manga longa e cinto à mostra. Esse tipo de roupa tornou-se popular durante a década de quarenta, principalmente por se tratar de um modelo semelhante à vestimenta militar.
A imagem acima retrata a feira municipal da cidade que fica localizada na Rua Custódio Morais e na avenida Barão do Rio Branco, mais especificamente ao redor do mercado municipal de frutas. Até hoje, a feira municipal é uma das principais ferramentas que movem a economia local, viabilizando o encontro do campo com a cidade onde pequenos e médios agricultores, artesãos e pescadores vendem suas mercadorias.
As imagens mostram a praça Getúlio Vargas inaugurada no início da década de quarenta pelo prefeito Justiniano de Souza, a praça foi uma das primeiras a ser construída na cidade. Ao observarmos a primeira imagem, podemos perceber ao fundo o rio mais integrado à paisagem da cidade, pois nessa época ainda não possuía o cais de proteção; no canto direito, percebe-se o obelisco em homenagem a Getúlio Vargas. A segunda imagem apresenta ao centro o antigo prédio da prefeitura, o que impressiona é a sua arquitetura única que se assemelha com a do Brasil colonial. O prédio da prefeitura por muitos anos também funcionou como delegacia na parte do térreo, sua estrutura um pouco elevada na base leva a entender que foi feita pensando em resistir às enchentes.
Quem foi Justiniano de Souza?
O prefeito tenente Justiniano de Souza foi o 21º prefeito de Xique-Xique durante a era republicana do Brasil, assumindo tal cargo durante a era Vargas (1930 - 1945), seu mandato teve início no dia 20 de setembro de 1941 e encerrou-se no dia 10 de julho de 1943. Foi durante o seu mandato que o obelisco em homenagem ao então presidente da república Getúlio Vargas foi construído na praça que também recebeu o nome do presidente.
O governo do tenente foi marcado por uma grande precariedade na verba para a administração do município, tem-se como exemplo a educação e a necessidade de construção de mais unidades escolares, visto que a então primeira escola da cidade - Cezar Zama - não dava mais conta de atender à demanda municipal. Outro acontecimento marcante durante a administração do prefeito Justiniano foi a ausência de uma câmara legislativa na cidade mediante ao decreto N 19.398, de 11 de novembro de 1930, assinado pelo então ditador Getúlio Vargas.
Quem foi Getúlio Vargas?
Getúlio Vargas foi um político brasileiro, o principal líder da revolução de 1930 que pôs fim à República Velha. Eleito 13º presidente do Brasil, teve dois governos que somados formam 20 anos de poder. Seu primeiro mandato durou 15 anos consecutivos (1930 - 1945) dividido em três fases conhecidas como “Era Vargas”, de 1937 a 1945, governou em um regime ditatorial após um processo de “autogolpe” de estado. Em 1951 Getúlio Vargas é eleito e assume o poder novamente, através do voto direto, ficando no governo até sua morte em 1954, quando tirou sua própria vida no dia 24 de agosto.
Sites consultados:
LISTA DE PREFEITO DE XIQUE-XIQUE. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_prefeitos_de_Xique-Xique Acesso em: 17 de ago de 2024.
DECRETO Nº 19.398, DE 11 DE NOVEMBRO DE 1930. Disponível em: Acesso em: 17 de ago de 2024. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-19398-11-novembro-1930-517605-publicacaooriginal-1-pe.html Disponível em: Acesso em: 17 de ago de 2024.
PREFEITOS: ANTÔNIO JUSTINIANO DE SOUZA. Disponível em: http://xiquexiquense.blogspot.com/2010/04/prefeitos-antonio-justiniano-de-souza.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
GETÚLIO VARGAS. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Casarão ao fundo na Rua Floriano Peixoto
Quem foi Floriano Peixoto?
Floriano Vieira Peixoto foi um militar e político brasileiro, o primeiro vice-presidente do Brasil e o segundo presidente do Brasil, governando até 15 de Novembro de 1894. Quando ainda era militar, participou de campanhas militares como a Guerra do Paraguai onde lutou nas batalhas de Tuiuti, Itororó, Lomas Valentinas e Angostura. Na sua carreira política, foi presidente da província do Mato Grosso, em 1884, além de ter sido um importante nome no golpe que instaurou a República do Brasil.
FLORIANO PEIXOTO. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Floriano_Peixoto Acesso em: 17 de Ago de 2024
A imagem acima apresenta a fachada da escola Cezar Zama. No centro da construção, é possível perceber a porta de entrada, já nas laterais esquerda e direita, as janelas das salas de aula. Ainda hoje, a escola permanece com a mesma estrutura, embora tenha passado por reforma. Na frente da escola, vemos um pequeno trecho da avenida JJ Seabra, principal avenida da cidade, quando ainda estava sem calçamento.
A escola César Zama foi a primeira unidade escolar da cidade de Xique Xique, inaugurada no dia 7 de setembro de 1937 pelo então prefeito da época, o coronel Francisco Xavier Guimarães, que tinha como principal objetivo atender a demanda escolar da cidade.
Uma curiosidade sobre a instituição é que por ser a primeira escola do município atendia diversos estudantes das mais variadas classes sociais, entretanto havia uma divisão social bem aparente, sobretudo na questão do uniforme e do material escolar, uma vez que alunos com maior renda financeira poderiam adquirir uniformes e materiais melhores vindos da capital do estado.
Nos dias atuais, a instituição não funciona mais como unidade escolar, mas o espaço ainda se mantém preservado como patrimônio municipal tombado.
Site consultado:
CHAVES, Juarez. Crônica Xiquexiqueana: O CÉSAR ZAMA. Disponível em:http://xiquexiquense.blogspot.com/2011/11/cronica-xiquexiqueana-o-cesar-zama.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
A primeira imagem retrata, ao centro, a igreja matriz Senhor do Bonfim, principal igreja católica da cidade, localizada na praça Dom Máximo. Abaixo da igreja matriz, durante a enchente, os barcos atracaram nas escadarias, à frente, um antigo obelisco onde hoje existe um anfiteatro, no lado esquerdo da igreja, uma pequena parte do casarão, já à direita, algumas residências com estruturas bem similares. No canto direito da imagem, tem-se uma parte do prédio atual da prefeitura.
Capela de Santana do Miradouro, Xique-Xique 1982. Fonte: IBGE
A imagem acima apresenta a fachada da igreja do Miradouro, também conhecida como Capela de Senhora de Santana, localizada na Ilha do Miradouro. Sua construção data do início do século XIX e se encontra em estado de preservação até os dias atuais. A igreja foi declarada patrimônio histórico e cultural tombado pela lei municipal Lei nº 670 de 2001. No ano de 2013 foi tombada de forma provisória pelo IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), o qual enviou uma equipe para restaurar alguns bens que estavam desgastados devido ao tempo. Na fotografia da década de 1980 é possível perceber o desgaste que se encontrava a estrutura que só foi reformada 33 anos depois, em 2015, o que nos permite refletir sobre a importância do cuidado com o patrimônio histórico.
Referências:
BENS MÓVEIS DA CAPELA DE SANTANA, EM XIQUE-XIQUE, SÃO RESTAURADOS PELO IPAC. Disponível em: http://www.ipac.ba.gov.br/noticias/bens-moveis-da-capela-de-santana-em-xique-xique-sao-restaurados-pelo-ipac Acesso: 26 de set de 2024
CAPELA DE XIQUE-XIQUE PODE SER TOMBADA PELO ESTADO. Disponível em: https://www.comunicacao.ba.gov.br/2013/10/noticias/cultura/capela-de-xique-xique-pode-ser-tombada-pelo-estado/ Acesso: 26 de set de 2024
CAPELA FRANCISCANA DE 1811 SERÁ RESTAURADA EM XIQUE-XIQUE. Disponível em: https://www.ba.gov.br/cultura/noticia/2024-02/50450/capela-franciscana-de-1811-sera-restaurada-em-xique-xique Acesso: 26 de set de 2024
XIQUE-XIQUE (BA). Lei nº 670 de 30 de outubro de 2001.
Sobre a Ilha do Miradouro
Como característico dos primeiros povoamentos dos sertões brasileiros, a produção de gado e a extração de pedras preciosas foram as primeiras grandes atividades econômicas da região. Não à toa, a localidade fundadora do município, a Ilha do Miradouro, onde se encontra a Capela de Santana levantada no começo do século XIX e recentemente tombada pelo IPAC, tem esse nome por ter sido um local estratégico de onde era observada, com acentuado privilégio panorâmico, as serras em que se encontravam as tão cobiçadas jazidas de ouro, daí o nome oriunda da expressão “Mira do Ouro”. Vale ressaltar, que essa localidade pertenceu à Barra do Rio Grande até 1863, quando foi anexada ao termo de Xique-Xique. À essa época, a população de Xique-Xique, segundo o censo de 1872, representava o total de 14.317 habitantes, dos quais 27,5% de pessoas brancas e 72,5% de registradas indefinidamente como “outra”, provavelmente incluídos aí indígenas, negros e mestiços devido a presença do trabalho escravo.
Referências:
http://www.ipac.ba.gov.br/. Sitio acessado: 07/11/2020.
www.biblioteca.ibge.gov.br. Sitio acessado: 07/11/2020
OLIVEIRA FERREIRA, Elisangela. Os laços de uma família: da escravidão à liberdade nos sertões do São Francisco. Afro-Ásia, núm. 32, 2005, p 210.
OLIVEIRA FERREIRA, Elisangela. Entre vazantes, caatingas e serras: trajetórias familiares e uso social do espaço no sertão do São Francisco, no século XIX. Tese de Doutorado. UFBA – Salvador, 2008, pp. 100.
A ILHA DO MIRADOURO XIQUE XIQUE - A HISTÓRIA : Pró Marquileide Oliveira
CAPELA DE NOSSA SENHORA DE SANTANA -ILHA DO MIRADOURO XIQUE-XIQUE: Markileide Oliveira
Atual prédio da prefeitura municipal, localizado na rua Adão Bastos. No segundo e terceiro andares do edifício, percebe-se algumas janelas de gabinetes e salas. Na fachada, fica o local onde são expostas as bandeiras das 26 unidades federativas, durante o “07 de Setembro”. Na frente da prefeitura, um terreno onde hoje fica localizada uma praça com uma imagem de Jesus Cristo, no centro da imagem, um Volkswagen Brasília estacionado. A “Brasília” foi um carro muito popular durante o final das décadas de setenta e oitenta.
Cais de proteção que vai da orla da cidade até o Ceasa, se estendendo por quase toda a avenida Barão do Rio Braco. Observando a imagem, percebemos que abaixo tem uns vãos, onde hoje estão localizados alguns estabelecimentos comerciais, todo esse trecho fotografado é uma área comercial tendo uma grande circulação de pessoas, principalmente durante a feira pública. Pode-se perceber ao fundo caminhões com mercadoria para serem comercializadas. O cais da cidade foi construído com o objetivo de impedir que a água inundasse a cidade, considerando a possibilidade de haver uma outra enchente.
A imagem acima retrata o porto da cidade, pode-se perceber diversos barcos atracados e um barco aproximando-se. Os barcos normalmente são utilizados para o transporte de pessoas e mercadorias das zonas rurais até a sede. Ao analisar mais de perto, nota-se um carro já aguardando as pessoas para fazer a condução até o centro, outros transeuntes sobem pelo porto em direção à feira municipal que fica logo ao lado.
A partir da imagem, observamos a relação entre o meio urbano e rural, ademais, é importante entender também a relação entre o rio e a cidade, uma relação bem complexa, visto que Xique-Xique sofreu com várias enchentes, tendo como um das mais famosas a do final da década de 1970, que alagou boa parte da zona comercial da cidade impactando não só a sede como também as áreas rurais. Além das grandes enchentes, há também inundações durante o período de chuva intensa, por outro lado, o rio foi um grande aliado no crescimento da cidade, tanto na parte econômica quanto na parte de locomoção, já que a única forma de chegar a Xique-Xique era por vias fluviais, tornando por muito tempo um dos principais portos de parada de navegadores.
Site consultado:
CRUZA, David. Entre Cheias e Secas no “Nilo do Sertão’’. Disponível em: https://historiaxiquexique.com.br/cartilhahistorica. Acesso em: 17 de ago de 2024.
As imagens acima apresentam uma das principais praças da cidade, localizada entre a rua Rui Barbosa e a Avenida JJ. Seabra, a praça “6 de Julho” ou “Praça da Caldeira”, como é popularmente chamada, tem como principal atração a caldeira exposta. A caldeira é um objeto cilíndrico de metal, em que era feita a combustão da água. É possível observar também quatro rodas em sua base, colocadas para facilitar o transporte; no topo da chaminé é por onde saía o vapor da água.
Nem sempre a cidade contou com uma iluminação elétrica, até o ano de 1936, a cidade era iluminada por candeeiros localizados em cima de postes, que eram abastecidos todos os dias por funcionários públicos da prefeitura.
No ano de 1936, o então prefeito da cidade, Francisco Xavier Guimarães, implementou uma caldeira importada da Inglaterra, que tinha como função a produção de energia elétrica por meio do vapor d'água, esse foi um grande passo para o desenvolvimento da cidade. A caldeira encerrou suas atividades em 1951 e foi exposta na praça 6 de Julho, onde está conservada até os dias atuais como uma forma de manter preservada sua importância para essa cidade, conforme representação da segunda fotografia.
Site consultado:
VOCÊ SABIA QUE A PRAÇA DA CALDEIRA SE CHAMA PRAÇA 6 DE JULHO? Disponível em: https://xiquesampa.blogspot.com/2017/01/voce-sabia-que-praca-da-caldeira-se.html Acesso em: 17 de ago de 2024.
As imagens acima retratam o Mercado Municipal de Frutas. A primeira imagem apresenta diversos comerciantes e consumidores sobre as escadarias do mercado em mais um dia de feira popular. Nos dias atuais, a feira ocorre no mesmo local com a única diferença que hoje as mercadorias ficam em tendas. Observem que a porta do mercado está aberta porque provavelmente também está havendo comercialização do lado de dentro. A segunda imagem mostra o estabelecimento em um dia sem a feira, um detalhe curioso é que o mercado de frutas não abre apenas nos dias de feira e é bem movimentado mesmo durante a semana. É possível perceber que ele está em funcionamento, pois, no lado esquerdo da imagem, há um veículo de transporte de frutas e ao lado algumas pessoas comercializando-as.
Fundado no ano de 1950, pelo então prefeito Sr. Aurélio Gomes de Miranda, o mercado municipal é um dos importantes centros comerciais da cidade, foi um dos prédios que resistiu à enchente do final da década de setenta e até hoje funciona principalmente como um local para a comercialização de frutas e demais produtos oriundos da agricultura regional.
Quem foi Aurélio G. de Miranda?
Xiquexiquense, nascido no dia 07 de novembro de 1897, foi um comerciante, fazendeiro e político brasileiro que concorreu às eleições municipais no ano de 1947, iniciando seu mandato no dia 15 de janeiro de 1948 e encerrando no dia 31 de janeiro de 1951.
Sites consultados:
O MERCADO SÃO FRANCISCO DE XIQUE XIQUE (BA). Disponível em: http://xiquexiquense.blogspot.com/2010/04/o-mercado-sao-francisco-de-xique-xique.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
XIQUEXIQUENSESE ILUSTRES: AURÉLIO GOMES DE MIRANDA. Disponível em: http://xiquexiquense.blogspot.com/2013/04/xiquexiquensese-ilustres-aurelio-gomes.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Terminal pesqueiro de Xique-Xique, localizado na rua dos Sesp ao lado do Rio São Francisco. No centro da imagem, o prédio central se destaca, nele ficavam os reservatórios onde eram armazenados os peixes. Atualmente, todo o complexo se encontra abandonado, o que nos faz questionar o porquê de um prédio tão importante para a comunidade pesqueira ter sido deixado de lado pelos órgãos administrativos.
Fundado no ano de 1984, pelo governo estadual de João Durval e durante do mandato municipal do prefeito Carlos de Souza Santos, o prédio tinha como objetivo prestar assistência aos pescadores, a exemplo da instalação de várias câmaras frias para guardar os peixes, fazendo com que os pescadores não precisassem vender os seus produtos com urgência e abaixo do preço. Atualmente, o terminal pesqueiro de Xique-Xique encontra-se desativado.
Site consultado:
TERMINAL PESQUEIRO DE XIQUE-XIQUE: UM ELEFANTE BRANCO ÀS MARGENS DO SÃO FRANCISCO. Disponível em: https://www.paginarevista.com.br/noticia/terminal-pesqueiro-de-xique-xique-um-elefante-branco-as-margens-do-sao-francisco/4006. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Fotografia da agência do Banco do Brasil em Xique-Xique, o ano não foi identificado. O Banco do Brasil é uma instituição financeira, seu primeiro banco foi fundado no ano de 1808 por Dom João VI. Com a volta da família real para Portugal e a retirada dos fundos brasileiros, o primeiro banco do Brasil faliu. O segundo Banco do Brasil foi fundado pelo Barão de Mauá, em 1851.
A instituição funciona até os dias atuais formando um dos cinco bancos estatais do governo brasileiro e atendendo mais de 70 milhões de clientes com mais de 3.983 unidades espalhadas por todo território nacional.
Site consultado:
BANCO DO BRASIL. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Brasil. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Fotografia da agência do Banco do Estado da Bahia (BANEB), em Xique-Xique, o ano não foi identificado. Trata-se de uma instituição financeira fundada em 1952, que funcionou por 24 anos, encerrando suas atividades no ano de 1999, quando foi leiloada e comprada pelo banco Bradesco.
Site consultado:
BANCO DO ESTADO DA BAHIA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Estado_da_Bahia. Acesso em: 17 de ago de 2024.
A imagem acima retrata o fórum municipal, localizado na rua Mário Rapadura. É possível perceber que o fórum ficava um pouco afastado das áreas mais frequentadas da cidade, porém, nos dias atuais, a área tornou-se uma das mais movimentadas. Na imagem, observamos a fachada do prédio e um homem entrando. O fórum de Xique-Xique ainda possui essa mesma fachada.
Quem foi Luís Viana?
Luis Viana foi um advogado formado em Recife no ano de 1870, nomeado promotor de justiça na cidade de Xique Xique, atingiu o cargo de conselheiro (desembargador) do tribunal de apelação.
Site consultado:
LUÍS VIANA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Viana. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Escritório do antigo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) da cidade que fica localizado na avenida JJ. Seabra. Podemos perceber uma grande caixa utilizada para armazenar água. Logo abaixo, uma pequena área administrativa. Hoje, essa não é mais a sede do SAAE e sim de uma nova empresa que administra a água da cidade.
A igreja matriz Senhor do Bonfim, em Xique Xique, é um dos pontos turísticos mais famosos, sendo um dos principais cartões postais da cidade, seus primeiros registros datam do ano de 1714.
Segundo uma lenda muito popular na cidade, um bandeirante que viajava pela margem do São Francisco havia perdido um burro que trasportava a imagem do Senhor do Bonfim, então, após vários dias de procura, ele fez uma promessa de que construiria uma capela no local onde encontrasse o animal, cumprindo-a assim que o encontrou.
Site consultado:
IGREJA MATRIZ SENHOR DO BONFIM DE XIQUE-XIQUE TEM 308 ANOS DE CONSTRUÇÃO. Disponível em: https://www.xiquexiquenoticias.com.br/2022/12/igreja-matriz-senhor-do-bonfim-de-xique.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Colégio municipal Senhor do Bonfim, localizado na avenida JJ.Seabra. A imagem retrata um grupo bem variado de estudantes posando para a fotografia na entrada principal da escola. A partir dela, podemos entender mais sobre o uniforme escolar utilizado na época, que não se difere muito dos usados atualmente.
m através de uma parceria entre o Brasil e os Estados Unidos em um período em que o Brasil passava por um regime autoritário, as unidades educacionais tinham como objetivo a união entre o ensino básico e técnico, a fim de transformar os estudantes para o mercado de trabalho. É importante ressaltar que as escolas polivalentes eram tidas como um projeto de alto custo para o governo federal, visto que exigiam uma estrutura complexa e bem equipada.
No dia 26 de Dezembro de 1968, foi criado o decreto 63.914 que criou o Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio (PREMEM), que ficou responsável por implementar as escolas polivalentes em alguns estados, incluindo a Bahia.
Em 1971, o governador da Bahia Carlos Magalhães vem pra cidade de Xique-Xique para a inauguração do campus da cidade. Ao total, foram inaugurados 40 campi no estado da Bahia.
Sites consultados:
AS ESCOLAS POLIVALENTES: UM MODELO DE PRÉDIO E DE ESCOLA DA DÉCADA DE 70, NA BAHIA. Disponível em: https://modosdefazer.org/as-escolas-polivalentes-um-modelo-de-predio-e-de-escola-da-decada-de-70-na-bahia/#:~:text=A%20escola%20polivalente%20destinava%2Dse,estabelecido%20na%20Lei%205692%2F71. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Fato Histórico em Xique-Xique (BA): A ESCOLA POLIVALENTE. Disponível em: http://xiquexiquense.blogspot.com/2011/02/fato-historico-em-xique-xique-ba-escola.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
Referências:
SOUZA, S. T. de; LIMA, G. A. P. de. Escolas polivalentes na ditadura civil-militar: marco no modelo de ensino profissionalizante ou instrumentos de propaganda do regime? O processo de implantação do polivalente de Ituiutaba-MG (1974-1985). Educ. Form., [S. l.], v. 1, n. 2, p. 72–88, 2016. DOI: 10.25053/edufor.v1i2.1892. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/101. Acesso em: 17 ago. 2024.
A imagem acima apresenta a fachada principal da escola Reinaldo Teixeira Braga. Ao observá-la, percebemos duas entradas, no centro delas uma placa e algumas janelas. Hoje, a região continua sendo um centro escolar dando lugar ao Centro Estadual de Educação Profissional em Recursos Naturais do Centro Baiano (CEEP).
Acima está retratada a fachada do hospital Julieta Viana, que fica localizado na rua Erotides Nogueira. A imagem apresenta uma porta de madeira ao centro e umas janelas nas laterais. Uma construção bem simples, mas que foi de grande importância para a comunidade de toda a região, visto que por muito tempo o hospital era referência em saúde.
Durante a década de 40, o governo decidiu implementar uma rede de unidades de saúde em cidades do interior com o objetivo de atender às demandas da população, dentre as regiões escolhidas estavam as cidades do vale do São Francisco, incluindo Xique Xique. Foi criada, nesse sentido, a Comissão do Vale do São Francisco com a finalidade de fiscalizar a construção dos hospitais e o desenvolvimento das cidades.
Dentre todas as cidades contempladas, Xique-Xique foi a única com a obra inacabada devido a cortes e desvios na verba, por muito tempo a obra ficou abandonada, deteriorando-se com o tempo, permanecendo nesse estado por 20 anos. Os pacientes que precisassem de atendimento hospitalar eram obrigados a ir para cidades vizinhas como Barra, cuja viagem intermunicipal, à época, era feita de barco a vapor. Aqueles que se arriscaram a ir de carro, enfrentavam uma estrada de terra com a pior qualidade.
Durante o governo municipal de José Barbosa, as construções foram retomadas e um tempo depois finalizadas. No dia 13 de Julho de 1970, no aniversário da cidade, o hospital foi inaugurado e recebeu o nome de Julieta Viana, em homenagem à esposa do governador estadual Luiz Viana, que cumpria o seu mandato.
Site consultado:
CHAVES, Juarez. CRÔNICA: A HISTÓRIA DO HOSPITAL DE XIQUE-XIQUE (BA). Disponível em: http://xiquexiquense.blogspot.com/2010/09/cronica-historia-do-hospital-de-xique.html. Acesso em: 17 de ago de 2024.
As imagens acima apresentam o prédio da antiga Fundação Especial de Saúde Pública - Fundação SESP. Observamos a mesma estrutura com ângulos diferentes. Ao analisar as duas imagens, é possível concluir que foram tiradas em épocas diferentes, principalmente pela coloração das fotografias e pela vegetação.
A Fundação SESP foi criada em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, por meio de uma parceria entre os governos brasileiro e estadunidense, e tinha como objetivo fornecer saneamento básico para as regiões produtoras de matérias-primas utilizadas na guerra, como por exemplo a borracha extraída na Amazônia. Era preciso tratar os trabalhadores para manter a produção ativa, sobretudo contra as doenças malária e febre amarela. Com o fim da guerra, a fundação se expandiu para a região nordeste, onde teve como foco a medicina curativa e preventiva.
Referência:
RENOVATO, Rogério Dias; BAGNATO, Maria Helena Salgado. O serviço especial de saúde pública e suas ações de educação sanitária nas escolas primárias (1942-1960). Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. especial 2, p. 277-290, 2010. Editora UFPR.